Se de fuga eu preciso,
É aqui que venho,
Um lugar secreto,
Longe de tudo,
Onde eu brinco de fazer poema,
Louca, demente, doente,
Poema é coisa de poeta,
Não de gente pequena,
Mas aqui eu sonho,
Esqueço que a dor dói,
Porque a dor dói,
Em quem sente,
E a minha quando dói,
Me transporta ao meu refúgio,
Pois o poeta diz:
"O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente"...