quarta-feira, 6 de maio de 2009

Refúgio


Se de fuga eu preciso,
É aqui que venho,
Um lugar secreto,
Longe de tudo,
Onde eu brinco de fazer poema,
Louca, demente, doente,
Poema é coisa de poeta,
Não de gente pequena,
Mas aqui eu sonho,
Esqueço que a dor dói,
Porque a dor dói,
Em quem sente,
E a minha quando dói,
Me transporta ao meu refúgio,
Pois o poeta diz:
"O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente"...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Perdeu-se


Desencaixou,
Não sabe o rumo,
Ficou desgovernado,
Não adianta bússula,
Perdeu-se no laberinto,
Completamente perdido.
Não sabe o caminho de volta,
Quem é ele?
O Coração.

Saudade


Que invade,
Que arde,
Que abate,
Que parte,
Que sufoca,
Que mata,
Que massacra,
Que arrebenta,
Que não se explica,
Que não se sabe,
Que não se compreende,
Que insiste em ser saudade.

No Interior


Há tanto para dizer,
Mas não há para quem dizer,
Dizer o que vai aqui dentro,
Que nem eu mesmo sei,
Sentir é mais fácil,
Pois o dizer gera questionamentos,
Nem sempre haverá respostas,
Pois nem todo sentimento permite tradução,
O melhor é o recolhimento,
Voltar ao casulo, recolher as asas,
Deixar lá no interior,
Lugar chamado coração.

sábado, 29 de novembro de 2008

Segredar


O que vai aqui (ai) dentro, necessita o repouso do segredo.
O que ainda é só seu, o que ainda é só meu.
Que aos poucos nos darão pistas, nos permitirão a entrega dos mapas.
Como numa quase aventura, entregaremos um ao outro parte dos mistérios.
Porque nossas vidas sempre necessitarão do encantamento.
Promete aqui então, sempre "SEGREGAR" um segredo.
Porque assim, nos desvendaremos em cada novo momento.

Uma Nova Direção


Este momento da vida sugere que é chegado o momento de partir na direção de novas aventuras.
Está na hora de espanar a poeira e deixar o passado para trás!
Partir confiante na direção do que desejo, não importando se haverá possibilidades de sucesso.
É preciso, todavia, dar-se senso de limites.
Diante das vitórias iniciais, não cair na tentação de achar que a situação estará para sempre garantida e não permitir que a alegria elimine o meu poder de planejar.
Este é um momento de mudança: de casa (já foi), de qualquer coisa que já estava velha e superada em minha existência.
Momento de me abrir para o novo.
Caso aconteça diferente do planejado, sempre haverá um novo ponto de partida (ou, o mesmo ponto).

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Sobre o Amor


Procurei! Não achei a autoria, nem nada próximo.
Uma vez ouvi:

" Quem a si se basta, ou é deus, ou é louco"

Talvez o meu grau de loucura não seja o suficiente para que eu me "basta".
Eu queria (às vezes) ter uma vaidade, um egoísmo "superior" como vejo em muitas pessoas, que são incapazes de causar em si a dor.
Pessoas completamente frias, intocáveis, inatingíveis de qualquer sentimento (ainda não sei de fato, se são assim, ou criaram um escudo contra o mundo).
Meus sentimentos não cabem em mim, existe uma necessidade de compartilhar o que vai aqui dentro, uma necessidade de não renegar o que Deus me concedeu.
Não é lamento, é um querer bem, que mesmo renegado sobrevive sem limites.
Algo que não tem receio de se expor, mesmo que visto como ridículo.
Será isso o Amor?